
Versatilidade como crescimento profissional
Uma das coisas mais interessantes de evoluir, em qualquer departamento de recursos humanos, são as habilidades polivalentes. Obviamente, quanto mais qualificamos nossos colaboradores, maior a versatilidade, flexibilidade e dinâmica que qualquer empresa terá para atingir os diversos objetivos. Muito se fala sobre as organizações líquidas, mas pouco sobre o desenvolvimento de carreira ou os mecanismos usados para desenvolver habilidades polivalentes como motor fundamental do crescimento da empresa.
Este ponto é importante porque apoia plenamente o crescimento profissional das pessoas dentro da organização e, acima de tudo, ajuda a diminuir a rotatividade de pessoal, um grande problema atual na maioria das empresas. Um funcionário que muda de emprego, alterna dentro da organização e aprende novas habilidades é um funcionário vivo que tem boas chances de ficar satisfeito. Essa satisfação resulta na retenção de talentos e, sobretudo, em uma ótima percepção da cultura da empresa dentro e fora dela. A ideia é fundamental, pois evitará a perda de capital humano e, por outro lado, atrairá profissionais que precisam se desenvolver e ser felizes em suas carreiras profissionais.
Neste conceito de organizações líquidas ou inclusivas, os recrutadores nem sempre são limitados na busca por perfis unidimensionais. Ou seja, se muitas empresas de tecnologia estão contratando filósofos ou psicólogos para trabalhar na chamada psicologia social, necessária para muitos de seus algoritmos, pode ser interessante que acomodemos perfis que, embora à primeira vista não se enquadrem no perfil exigido, podemos observar várias dimensões de crescimento em que a médio prazo podem ser úteis na organização. Isso exige que o departamento de recursos humanos tenha um plano multiuso otimizado, onde conectar todo aquele novo capital humano que a priori pode ser diferente do que era inicialmente necessário.
Não devemos descartar habilidades polivalentes porque afetam muito a organização. Um deles são os planejadores. Do meu ponto de vista, toda empresa tem dois problemas fundamentais todos os meses; que a folha de pagamento não seja interrompida no final do mês e que o funcionário possa mudar de plantão ou solicitar licença com rapidez e sem problemas. É um problema fundamental em qualquer organização. Se uma empresa possui um mapa de competências e versatilidade bem desenvolvido, será muito fácil atribuir horários, alterar ou introduzir turnos ou férias rapidamente. Isso é ótimo para a empresa, pois a qualidade do serviço prestado nunca será quebrada e, acima de tudo, a qualidade de vida dos nossos funcionários vai melhorar.
Em outras palavras, criamos uma programação multifuncional conectando uma boa estratégia de crescimento a uma ótima tecnologia WFM, e acreditamos que com ela qualquer tipo de organização crescerá.

Escrito por José Ramón Villaverde
José Ramon é um especialista em WFM e tem larga experiência em recursos humanos. É apaixonado por cultura, foi apresentador do programa de televisão “La nueva ruta del empleo” e o seu maior passatempo é a escrita, sendo autor de 4 livros: 3 de ficção: ‘Otto, (Editorial Hades 2019)’, ‘El baile de las ortigas (Editorial Haces 2017)’ y ‘Deconstrucción de una lágrima (Editorial Hades 2014)’ e de não ficção, o livro ‘Películas, buenos consejos y cómo encontré trabajo‘.