
José Pedro Fernandes eleito entre os 100 mais influentes da Saúde da Década
Conhecido como o “Oscar” da Saúde do Brasil, os 100 mais influentes é um evento que acontece a cada dez anos, em que pessoas importantes do setor são selecionadas e votadas pelo site da organizadora.
O evento é organizado pelo Grupo Mídia, responsável pela edição e distribuição de algumas das revistas de Saúde mais selecionadas do Brasil desde 2007. Todos os anos, eles realizam um gala com diversas personalidades do setor que mais se destacaram no último ano, e na edição de 2021, eles escolheram homenagear as 100 personalidades mais influentes da década.
O processo começou em janeiro, quando Edmilson Jr. Camparelli, presidente do Grupo Mídia, convidou José Pedro Fernandes para uma entrevista como um dos indicados ao prêmio, na entrevista José Pedro falou sobre sua trajetória, a votação estava a todo vapor até 10 de maio. A eleição foi feita por meio de votação aberta no site da revista Healthcare Management, pesquisa de mercado e análise de casos de personalidades que deixaram sua marca entre os maiores nomes da saúde brasileira. Em junho, a revista passou a divulgar alguns dos vencedores, dos quais José Pedro Fernandes foi eleito.
O prêmio de gala será realizado no dia 1º de julho, no Hotel Renaissance, em São Paulo, em uma cerimônia fechada e de pequeno porte, com atenção especial às medidas de saúde em função da situação pandêmica do COVID-19.
Desde 2014, José Pedro Fernandes, Vice-Presidente da SISQUAL, está à frente de todo o desenvolvimento dos negócios globais, especialmente das operações no Brasil. À frente de toda a operação, foi o responsável por colocar o SISQUAL no cenário da saúde no Brasil e hoje a empresa possui mais de 250 hospitais que utilizam o SISQUAL WFM.
Confira a entrevista de José Pedro sobre o prêmio:
1) Quais foram as suas principais conquistas e desafios nesta última década na saúde?
Quando a SISQUAL chegou ao Brasil há dez anos, não havia nenhuma ferramenta de software para o gerenciamento da força de trabalho nos hospitais. Mas as dores estavam todas lá, como por exemplo: a falta de visualização sobre o operacional, o elevado passivo trabalhista gerado pela má elaboração das escalas, a dificuldade com o gerenciamento de trocas de horários que afetavam o atendimento, um índice enorme do turnover e do absenteísmo por não existir uma humanização das escalas, entre muitas outras dores, que qualquer diagnóstico do sistema de saúde brasileiro apontaria. O WFM – Workforce Management – ou seja, a gestão operacional de equipes de trabalho, veio para resolver estas e muitas outras questões, que, com muito orgulho, no Brasil, passou a ter uma sigla – SISQUAL, representada por uma formiga simbolizando o trabalho árduo e o espírito de equipe. E o nosso maior desafio foi levar este novo conceito para os hospitais, tanto para os privados quanto para os públicos.
Não chegamos apenas ao Brasil para vender uma ferramenta, mas sim para apresentar uma mudança operacional e convencer os hospitais que a implantação do WFM trazia segurança para o paciente, produtividade para a instituição, qualidade de vida para os colaboradores e redução de custos tangíveis. Num cenário em que não tínhamos quaisquer referências no setor da saúde brasileira, o que nos animava era apenas a forte convicção de que tínhamos a solução as tantas dores e só precisávamos que nos dessem a oportunidade para comprovar.
Hoje passados 10 anos temos mais de 250 hospitais no Brasil usando a solução WFM da SISQUAL, mais de 350.000 colaboradoresgerenciados pela ferramenta no país, e estamos presentes em larga escala em todo o território nacional.
E não paramos por ai, nosso desafio para o futuro é continuar a crescer, mas não só em número de hospitais usando a ferramenta, mas também em diferenciais que acrescentem valor com novas funcionalidades, desenvolver novas integrações, melhorar o interface e a experiência do usuário, sempre respeitando o que nos fez chegar até aqui; humildade; ambição; competência e proximidade máxima com o cliente.
2) Como você considera a responsabilidade de ser eleito entre os 100 Mais Influentes da Saúde da década?
Penso que o simples fato de ser eleito e lembrado, já é responsabilidade suficiente para nos obrigar a estar no nível das expetativas. No meu caso que sou um homem da operação, esta responsabilidade é resultados; uma elevada taxa de crescimento no país, novas conquistas de mercado, motivação da minha equipe, e sobretudo da capacidade de adaptação e suporte em meio a este cenário pandêmico que ninguém ao certo sabe quando termina. Ou seja, responsabilidades operacionais; Entretanto, acredito que uma responsabilidade ainda maior, mas sob a ótica da ferramenta em si, que me anima e responsabiliza no plano ético da responsabilidade propriamente dita é contribuir para o aumento da segurança do paciente, que é o nosso objetivo principal quando trabalhamos na área da saúde.
3) Quais são as expectativas para o setor para os próximos 10 anos?
Gostava de separar aqui a minha visão individual, como alguém que esteve atento aos sinais do setor nos últimos 10 anos, do que deve ser também uma visão e uma abordagem corporativa, isto é aos olhos da SISQUAL.
Começando por mim, que sou um otimista, acho que podemos ter uma visão animadora. Sou dos que acredita que após uma crise profunda e perante os enormes desafios provocados pela vaga pandêmica, vão se criar oportunidades de desenvolvimento, novas portas se abrirão quebrando antigos paradigmas, condições ideais para corrigir a trajetória do setor de forma estrutural, o que dificilmente se conseguiria num “estado anterior de normalidade”.
E aqui um dos maiores desafios tem exatamente a ver com a inversão de velhos dogmas que se eternizaram modelos pouco flexíveis na contratação, na otimização da força de trabalho, desperdiçada por não haver flexibilidade na natureza dos vínculos laborais trabalhistas. E é exatamente aqui que se cruza a minha visão individual com a visão mais corporativa da SISQUAL. Porque esta evolução, ao nosso ver é inevitável, a quebra destes paradigmas trarão novas ofertas de turnos de trabalho, que vão permitir à SISQUAL implementar soluções inovadoras e brutalmente produtivas para a otimização da força de trabalho; trazendo para o celular de um profissional de saúde ofertas de turnos, adequadas às suas habilidades, e entregando literalmente nas suas mãos o poder de fazer as suas escolhas, porque é através do leilão de turnos, que é possível conjugar na perfeição a demanda das instituições com a oferta da mão de obra que o mercado pode cobrir. Por isso, temos bons motivos para sorrir nos próximos 10 anos.
4) Há mais alguma informação que gostaria de salientar?
Sim, gostaria de agradecer a oportunidade de receber este prêmio. Para nós profissionais que servimos a Saúde, mas também como “pacientes” anônimos dos seus serviços, não há nada mais importante do que a segurança do paciente. Se alguém vai a um hospital deve estar física ou mentalmente fragilizado, e o que mais lhe importa é estar em segurança, sentir que pode confiar naqueles profissionais, naquela instituição, e em todas as ferramentas e sistemas que garantam o suporte de vida. Porém os indicadores de várias geografias convergem num mesmo resultado: morre-se mais ao fim de semana nos hospitais do que em dias de semana. Como se morrer ou manter-se vivo dependesse de ser sábado ou segunda feira. Mas os números não mentem, e todas as interpretações são unânimes em dizer que a razão desta estatística está diretamente relacionada com os níveis de serviço prestados, o que verdadeiramente significa estarem diretamente ligadas à eficiência da gestão de das escalas de trabalho.
Hoje, na Europa, já se trabalha com índices de Segurança do Paciente, e aqui ninguém se admiraria que virasse lei obrigar os hospitais a ter um índice de segurança do paciente superior a X. O que só por si obriga a gerar escalas de trabalho equilibradas no tempo, nas competências, e nas responsabilidades, o que não se consegue sem uma ferramenta de WFM.
Em todo o caso, a SISQUAL já trabalha para poder assegurar que os seus clientes na Saúde cumpram o que é eticamente recomendado ao nível do índice de segurança do paciente. Penso que durante a primeira metade da próxima década já estaremos muito próximos deste ideal na maioria dos hospitais do Brasil e é com esta responsabilidade que recebo este prêmio, com o foco de contribuir para um futuro melhor e mais seguro.