
Até que ponto a tecnologia facilita o distanciamento social
Se até bem pouco tempo a dependência da tecnologia era um problema da humanidade e se olhava para o progresso na tecnologia como uma ameaça à interação interpessoal e felicidade, hoje, no meio de uma pandemia global, é vista como um grande benefício. Sem ela, o “distanciamento social” significaria um isolamento total.
Não descartando a importância da moderação e o fato de que o uso excessivo de tecnologia tenha suas desvantagens, é um fato que a tecnologia de hoje permite que o distanciamento social seja facilitado. Desde o trabalho à educação até o lazer e sociabilização, são imensas as ferramentas e formas de o tornar mais “ultrapassável”.
Uso da tecnologia no trabalho
Sem dúvida que uma das principais vantagens da incorporação da tecnologia no dia a dia de trabalho é a melhoria da comunicação. As reuniões deixaram de depender de uma deslocação e de um espaço físico. Colaboradores de diferentes lugares do mundo conseguem falar em tempo real. Além disso, e com a quantidade de softwares de planejamento de projetos existentes no mercado, existe um aumento da circulação da informação, se torna possível analisar mais rapidamente métricas e resultados que facilitem a tomada de decisões, evitam-se erros, se armazenam dados com segurança e diminui o tempo de execução de tarefas. Se está fazendo home office, a SISQUAL reuniu para você 10 dicas para se manter eficiente e motivado.
A tecnologia e a saúde de mãos dadas no controle da pandemia
Numa altura em que o sucesso das medidas preventivas depende da eficácia do isolamento preventivo, a telessaúde surge como uma alternativa ou um complemento importante na prestação de cuidados a doentes ou à população em geral. Tem vindo a ser utilizada numa escala nunca vista antes, permitindo que os doentes se conectem a médicos e profissionais da saúde sem ter que sair de casa. Em Portugal, por exemplo, o Ministério da Saúde anunciou em abril a disponibilização de uma nova plataforma de telessaúde, a “RSE Live”, em várias unidades hospitalares, de forma a “reforçar a capacidade de prestação de cuidados da saúde” à população, garantindo “qualidade nas consultas de acompanhamento” durante a pandemia.
O entretenimento adaptado
O fato de praticarmos distanciamento social não significa que temos que nos privar da cultura. Artistas, museus, instituições e galerias mundiais iniciaram um processo de reinvenção em que a tecnologia surge como a sua principal aliada para fazer com que o seu conteúdo chegue até nós. Muitos museus por todo o mundo disponibilizaram tours virtuais online, como foi o caso do Museu Britânico de Londres, o Museu Guggenheim em Nova Iorque ou o Musée d’Orsay em Paris.
Os tempos de quarentena trouxe também um fenômeno: as lives. Os músicos também tiveram que se reinventar e arranjar novas formas de alcançar os seus públicos. O Live Aid “One World: Together at home”, organizado por Lady Gaga e que juntou alguns dos maiores músicos mundiais, angariou milhões para apoiar os profissionais de saúde. Mas é o Brasil que lidera as audiências de lives: Marília Mendonça, cantora, compositora e instrumentista brasileira atingiu 3,3 milhões de espectadores no dia 8 de abril, seguida de Jorge & Mateus, com 3,2 milhões quatro dias antes.
No entanto as lives não foram apenas no mundo do espetáculo: o número de webinars durante o tempo de quarentena aumentou muito, aqueles que eram apenas consumidores de conteúdo se reinventaram como criadores: profissionais e gurus dentro das suas áreas de atuação fazem webinars sobre determinadas temáticas e até mesmo empresas, numa perspectiva de divulgar a sua realidade e/ou produtos, passaram a incorporar esta ferramenta nas suas estratégias de marketing. Foi o caso da SISQUAL, que no passado dia 30 de abril, que organizou um Webinar sobre Internacionalização. Assista aqui ao vídeo resumo.
E claro, os serviços de transmissão de filmes conseguem trazer a magia do cinema até nossa casa. Até já se tornou possível realizar uma “watch” party. Uma extensão do Google Chrome chamada “Netflix Party” permite que os usuários assistam ao conteúdo que escolherem com outros usuários online, ao mesmo tempo.
A reinvenção do varejo
A pandemia trouxe ao varejo a necessidade de reinvenção, quem não estava preparado para a venda à distancia, com o e-commerce, teve que se adaptar e aderir à tecnologia.
Na fase de desconfinamento, são algumas as mudanças que os lojistas terão que ter em conta para se prepararem para a sua abertura de maneira a serem certificadas que há condições de segurança para os trabalhadores e clientes, incluindo o controle de pessoas dentro dos estabelecimentos. O cuidado com os espaços de acesso ao público, dos estabelecimentos de comércio, das grandes lojas comerciais e dos shoppings deverá ser limitado em pelo menos um terço da sua capacidade. Assim, os contadores de pessoas surgem como uma solução ideal, que a SISQUAL já possui no seu portfólio de produtos: o Footfall. Além de resolver um problema de forma eficaz, é também ferramenta muito útil para otimizar o acesso às lojas, construir um histórico para utilização futura, gestão e de marketing.
Alterações a longo prazo no dia-a-dia de todos
A internet e a tecnologia já tinham quebrado várias barreiras impostas pela distância, facilitando a comunicação com aqueles que vivem longe. No entanto, e mais do que nunca, numa época de pandemia, veio reforçar o seu papel. As mudanças que ocorreram sobretudo durante este período, como é exemplo a adoção do home office e o acesso aos serviços de telessaúde, podem ser duradouras. Segundo Jared Spataro, corporate vice-president da Microsoft 365, “Nunca mais voltaremos a trabalhar da mesma maneira”. Independente disso, acreditamos que o trilhar do caminho da “nova normalidade” será com vários níveis além deste.